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QUEDAS EM IDOSOS: É IMPORTANTE PREVENIR!

As quedas ocorrem quando há uma mudança brusca de posição de forma não intencional, levando o indivíduo a um nível inferior (ao solo ou sobre um objeto). Com o processo de envelhecimento, as mudanças relacionadas a perdas visuais, déficits de força muscular, alterações na mobilidade articular, déficits de equilíbrio, entre outros associadas as doenças degenerativas crônicas levam aos idosos a maior probabilidade a ocorrência de quedas. As quedas são consideradas um problema de saúde pública e é a segunda causa de morte por lesões não intencionais no mundo. Por isso, prevenir as quedas em idosos é estimular para que muitas vezes sejam mantidas a independência e autonomia, fazendo que assim, tenham uma melhor qualidade de vida.

Estes eventos são de origem multifatoriais, sendo a interação entre fatores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo, contemplando assim as seguintes dimensões: biológicas, ambientais, socioeconômicas e comportamentais. Saber quais são os fatores de risco, é importante para melhor identificá-los:

FATORES DE RISCO AMBIENTAIS: tapetes soltos e escorregadios // toalhas no chão fazendo o papel de tapete; objetos em locais inadequados; falta de corrimãos em escadas/rampas; escada/rampa mal projetada; falta de barras de apoio em banheiro; pouca iluminação do ambiente; obstáculos para tropeço; superfícies escorregadias ou irregulares; espaços sociais ou projeções mal realizadas.

FATORES DE RISCO BIOLÓGICOS: idade avançada (>75 anos); quedas anteriores; sexo feminino; fraqueza muscular; falta de equilíbrio e coordenação; distúrbios da marcha; condições osteomusculares (osteoartrite, artrose, sarcopenia, hipercifose, deformidades nos pés, miopatias); condições crônicas (diabetes, acidente vascular encefálico, Parkinson, incontinência, demência); limitações funcionais (não levantar da cadeira sem apoio); doenças agudas; alterações posturais; dificuldades auditiva/visual; hipotensão postural; hospitalização recente; tonturas/vertigem; institucionalização; anemia; hiponatremia; deficiência de vitamina D; neuropatia periférica.

FATORES DE RISCO COMPORTAMENTAIS: polifarmácia.; inatividade Física; medo de cair; uso inadequado de auxiliares de locomoção; má nutrição ou hidratação; calçado impróprio.

FATORES DE RISCO SOCIOECONÔMICOS: pouca ou nenhuma interação social; acesso ilimitado aos serviços de saúde e social; baixa renda; baixa escolaridade.

A identificação dos fatores de risco, associados a intervenções eficazes, são fundamentais para a prevenção das quedas e a diminuição da sua prevalência.

 

 

Cynthia Vieira de Souza

Fisioterapeuta

CREFITO 140615-F