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O fonoaudiólogo e a doença de Parkinson na ILPI.

        A doença de Parkinson é um padecimento neurológico crônico e de progressão lenta, relacionado com a perda de células cerebrais que produzem um neurotransmissor chamado dopamina.

Segundo a OMS,1 a 2% da população mundial acima de 65 anos sofre com essa doença, sendo que a prevalência aumenta com a idade.

    No Brasil, o ministério da saúde estima que existam mais de duzentos mil casos, com estudos já apontando a perspectiva de aumento de casos no país e no mundo.

     Porém há avanços da ciência no sentido de combater e tratar os sintomas, promovendo melhora na qualidade de vida e na longevidade de quem vive com esse diagnóstico.

      Para além dos sintomas clássicos como a bradicinesia (lentidão dos movimentos), a rigidez e o tremor, essa patologia também promove o comprometimento da saúde fonoaudiológica dos idosos, provocando alterações da voz, fala e deglutição.

    São sintomas que vão aparecendo lentamente com a evolução da doença e existem exercícios fonoaudiológicos que podem minimizar os impactos da doença na qualidade de vida dos idosos, contribuindo para que os mesmos tenham uma comunicação mais efetiva, minimizando o risco de pneumonias, mantendo o prazer e a segurança da alimentação por via oral.

  Outra informação importante é que quanto antes se inicia o acompanhamento fonoaudiológico, melhores são os resultados.

    Alguns pacientes apresentam alterações da voz, com mudanças na intensidade (voz fraca e baixa), com perda nos tons graves e agudos, voz pouco expressiva, falhas na entonação e velocidade, não conseguindo expressar emoção. Os exercícios promovem uma voz mais forte e uma fala mais clara, trazendo também benefícios sociais.

   Já sobre as alterações da deglutição, essa pode estar presente em 50% dos parkinsonianos.

   A presença de engasgos e, tosse, perda de peso, pneumonias e escape de saliva, deve-se a presença da disfagia. Esta promovida pelo acometimento da musculatura da língua, lábios, palato, bochechas e garganta. O movimento automático da deglutição de saliva também vai deixando de ser realizado e nessa fase o idoso pode apresentar dificuldades para engolir água e medicamentos.

    Para além dos exercícios, o fonoaudiólogo pode indicar mudanças na dieta e também pode propor outras intervenções na postura, quantidade, utensílios utilizados na oferta de alimentos, temperatura e manobras para tornar mais segura e prazerosa a alimentação.

 

Daniela Zanini CRF 8031

Fonoaudióloga

Bella Vita Residencial Geriátrico