História do Parkinson
James Parkinson
Em 11 de abril de 1755 nascia em Londres James Parkinson, filho de John Parkinson um grande cirurgião e o inspirador para a escolha profissional de James.
James Parkinson estudou medicina no London Hospital Medical College e tinha como objetivo ajudar as pessoas, em especial portadores de doenças mentais.
Casou-se aos 28 anos e teve oito filhos, dois faleceram na infância e um dos seus filhos tornou-se médico.
James e seu filho John fizeram muitas descobertas na área médica, desde gota, apendicite, problemas nas articulações, nódulos e finalmente em 1817 James descreveu sistematicamente os sintomas da doença que leva seu nome.
Comemora-se o Dia Mundial de Parkinson em 11 de abril, dia do nascimento de James, que faleceu devido sequelas de AVC aos 69 anos.
É por causa da dedicação de James no cuidado ao seu próximo, que atualmente sabe-se que a Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, sendo causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).
Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a perda progressiva e exagerada de células nervosas, mas durante o envelhecimento apresentamos morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina, algumas pessoas, entretanto, perdem essas células num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença.
A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros, no entanto com sua falta, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando os sinais e sintomas abaixo.
Tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para frente. O tremor afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado do corpo ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro.
O tremor da doença de Parkinson é característico, ele é chamado de tremor de repouso, ou seja, é mais evidente ou exclusivo quando a mão do paciente está parada, seja em repouso quando o paciente está sentado, seja quando ele está em pé com os braços relaxados.
Quando o paciente executa algum movimento a tendência do tremor é diminuir ou desaparecer. Além disso, caracteristicamente o tremor é assimétrico, ou seja, é mais evidente em apenas um lado do corpo (geralmente as mãos), e com o passar dos anos pode afetar o outro lado.
Vale lembrar que nem todos os pacientes com doença de Parkinson apresentam tremor. Em 30% dos pacientes ele está ausente, sendo a lentidão dos movimentos e a rigidez os sintomas mais evidentes.
O grupo mais afetado por esse mal são os idosos, sendo raros os casos nos indivíduos com menos de 40 anos.
E para dar o diagnóstico o médico baseia-se na história clínica e no exame físico, o que torna importante a experiência do especialista, já que precisa diferenciar a doença de Parkinson do parkinsonismo secundário, que ocorre pelo uso de certos medicamentos (por exemplo, drogas usadas para vertigens, tonturas e doenças psiquiátricas e remédios para hipertensão).
A importância de se identificar esses casos é que os sintomas são potencialmente reversíveis com a interrupção dos medicamentos que os causaram.
Não há cura para a doença de Parkinson, mas existem medicamentos que são eficazes no controle dos sintomas, além dos medicamentos, alguns tratamentos ajudam no controle como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional...
A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam.
Não há como prevenir a doença de Parkinson com os recursos disponíveis atualmente, mas o apoio da família é essencial para o enfrentamento de cada nova etapa da doença.
Fonte:
Disponível em: https://hospitaldocoracao.com.br/novo/midias-e-artigos/artigos-nomes-da-medicina/quem-foi-james-parkinson/ Acesso: 31.mar.2022
Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/parkinson Acesso: 01.abr.2022
Karina Hinckel Albino
Gerente de Enfermagem
Bella Vita Residencial Geriátrico